sábado, 7 de agosto de 2010

UM ATENTADO A MEMÓRIA DO PAÍS - Proposta de Emenda ao artigo 3°

Abaixo-Assinado: UM ATENTADO A MEMÓRIA DO PAÍS - Proposta de Emenda ao artigo 3°:




>> Assine este abaixo-assinado <<
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6626








UM ATENTADO A MEMÓRIA DO PAÍS



A ANPUH – Associação Nacional de História vem tornar público seu rechaço ao art. 967 do Projeto de Lei do Senado n. 166 que institui o novo Código do Processo Civil (Projeto de Lei nº 166), que foi apresentado em 8 de junho de 2010. Em total desrespeito ao direito de preservação da memória e das regras arquivísticas mais elementares, este artigo do projeto vem reforçar e dar margem a procedimentos que permitem apagar o passado. O texto restaura, na íntegra, o antigo artigo 1.215 do atual Código do Processo Civil, promulgado em 1973, que autorizava a eliminação completa dos autos findos e arquivados há mais de cinco anos, "por incineração, destruição mecânica ou por outro meio adequado".. Em 1975, depois de ampla mobilização da comunidade nacional e internacional de historiadores e arquivistas, a vigência desse artigo foi suspensa pela Lei 6.246. Aprovada a atual proposta, estão novamente em risco milhares de processos cíveis: um prejuízo incalculável para a história do país, que já arca com perdas graves na área da Justiça do Trabalho, uma vez que a Lei 7.627, de 1987 (com o mesmo texto do artigo 967), tem autorizado a destruição de milhares de processos trabalhistas arquivados há mais de cinco anos. Além de grave agressão à História, a proposta também fere direitos constitucionais de acesso à informação e de produção de prova jurídica. Apelamos ao Presidente desta casa e aos senhores senadores para que não cometam mais esta agressão contra a história do país. Não é possível escrever a História sem documentação e esta não pode continuar sendo concebida pelo Estado brasileiro e por nossos representantes no Congresso Nacional como um estorvo, como um lixo para o qual se devem definir mecanismos de destruição periódica. Toda documentação tem valor histórico, todo documento interessa ao historiador, a concepção de que existem documentos que são em si mesmo interessantes para a história e outras não é, há muito tempo, uma visão ultrapassada em nossa área de atuação. Não podemos aceitar que fique a cargo de um juiz, que não tem formação na área de arquivística ou da historiografia, definir se um documento merece ser arquivado ou não, tem valor histórico ou não. Conclamamos a todas as instituições que se interessam pela defesa da memória do país que façam coro a este nosso protesto, para que este artigo possa ser retirado do corpo do projeto do novo Código do Processo Civil.

Eis o texto do projeto de lei que está tramitando no Senado:

Art. 967. Os autos poderão ser eliminados por incineração, destruição mecânica ou por outro meio adequado, findo o prazo de cinco anos, contado da data do arquivamento, publicando-se previamente no órgão oficial e em jornal local, onde houver, aviso aos interessados, com o prazo de um mês.


§ 1º As partes e os interessados podem requerer, às suas expensas, o desentranhamento dos documentos que juntaram aos autos ou cópia total ou parcial do feito.

§ 2º Se, a juízo da autoridade competente, houver nos autos documentos de valor histórico, serão estes recolhidos ao arquivo público.

EMENDA OFERECIDA AO PL 166, DE 2010-07-13

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

A presente proposta de inclusão de dois parágrafos ao artigo 3º e de nova redação ao artigo 967 e seus parágrafos, bem como de um artigo final ao Projeto de Lei nº 166, de 2010, do Senado Federal, que dispõe sobre a reforma do Código de Processo Civil, está fundamentada em dispositivos da Constituição Federal de 1988 que tratam do direito-dever de o Judiciário prestar jurisdição, nele incluído o de preservar documentos, tornando-os acessíveis aos cidadãos brasileiros. A redação proposta busca adequar o dispositivo tanto ao sistema de direitos e garantias fundamentais constitucionais quanto à regra do art. 20 da Lei 8.159/91 e às disposições do Conselho Nacional de Arquivos, CONARQ.
A crescente complexidade das relações sociais e as profundas alterações socioeconômicas que têm sido vivenciadas pela sociedade brasileira, sobretudo nas últimas duas décadas, trouxeram para os cidadãos dificuldades tanto na defesa de seus direitos lesados quanto no recebimento dos valores judicialmente reconhecidos como devidos, importando em obstáculos ao direito constitucional de acesso ao Judiciário. Uma dessas dificuldades localiza-se no processo de eliminação de autos findos que, aliás, antes de 1988, fundamentou a suspensão do artigo 1.215 do Código Civil de 1973 que continha redação similar àquela do artigo 967 e seus parágrafos do Projeto de Lei 166 em questão. Essa suspensão foi antecedida de amplos debates sobre o texto do artigo suspenso e de acirrado protesto por parte de estudiosos, historiadores e entidades culturais.
É dever do Poder Público preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda, a fim de ser garantido o acesso ao Judiciário e à proteção do patrimônio público nacional, do qual fazem parte os processos judiciais. Estes contêm dados de valor inestimável e contam a história deste País, os modos e as modas, a dinâmica das relações sociais, elementos que dizem com a própria construção da identidade brasileira. Eliminá-los é eliminar a compreensão de nossa própria história.
Além disso, de forma não menos relevante, contêm documentos que podem servir de prova aos cidadãos, como, entre outras, a do tempo de serviço de trinta e cinco anos para fins de aposentadoria junto ao INSS, vinte e cinco anos de trabalho insalubre, exercício da advocacia para fins de concurso público, prova do preenchimento desse exercício para atender a requisito para concorrer à vaga do “quinto constitucional” nos Tribunais, vínculos de solidariedade no caso das indenizações por danos morais e patrimoniais, inclusive decorrentes de acidente do trabalho, direitos sociais fundamentais imprescritíveis, direitos reivindicados pelas minorias, cuja guarda dos processos, aliás, consta de recomendações internacionais. Essas circunstâncias evidenciam que os cinco anos de que trata o artigo 967 do PL em questão não atende, minimamente, ao dever de preservar e assegurar o direito à prova.
É com base nesses pressupostos que se oferecem as propostas a seguir, incluindo dois parágrafos ao art. 3º, nova redação ao art. 967 e parágrafos e inclusão de um artigo ao final:


Art. 3º.....

§ 1º Os processos judiciais são documentos públicos, cabendo ao Poder Judiciário o dever de assegurar sua guarda, autenticidade e preservação, mesmo depois de findos.

§ 2º O direito de acesso ao Judiciário e à ampla defesa inclui o direito à produção da prova, integrando a preservação dos documentos judiciais o dever de o Estado prestar jurisdição.

[...]

Art. 967. A guarda e preservação de processos judiciais no âmbito do Poder Judiciário devem ser realizadas por meio de sua preservação integral no suporte original em que foram produzidos ou por meios de sua microfilmagem e digitalização.

§1º A seleção do modo de preservação dos processos judiciais deve ser feita mediante avaliação realizada por comissão instituída junto às Administrações dos Tribunais, integrada por profissionais habilitados segundo o Conselho Nacional de Arquivos, CONARQ, respeitada Tabela de Temporalidade que atente para as especificidades das demandas e sua classificação, visando ao cumprimento do poder-dever de prestar jurisdição;

§ 2º Os processos findos que originalmente foram produzidos em papel podem ser substituídos para fins de guarda e preservação por cópias microfilmadas e digitalizadas, desde que essa decisão tenha sido referendada pela comissão a que se refere o parágrafo anterior;

§3º O procedimento de substituição referido no parágrafo anterior somente poderá ser efetivado depois da publicação de editais circunstanciados, com indicação do nome das partes, número do processo e data do ajuizamento, respeitada Tabela de Temporalidade referida no parágrafo primeiro do presente dispositivo;

§ 4º Publicados os editais de eliminação, será aberto prazo de trinta dias aos interessados para que, independentemente da microfilmagem e da digitalização, possam requerer desentranhamento dos originais dos documentos que tenham juntado aos autos, mediante certidão;

§ 5º Os processos de guarda permanente, ainda que microfilmados e digitalizados, serão preservados no meio em que produzidos.

[...]

Art. 971. Revogam-se expressamente as disposições da Lei 7.627, de 10.11.1987, bem com as demais disposições em contrário.

sábado, 26 de junho de 2010

Download da Minissérie A Era das Utopias




Documentário do cinasta Silvio Tendler, em seis episódios, transmitodos pela TV Brasil entre os dias 31 de agosto e 05 de setembro de 2009, sobre a advento geral de avanços e conflitos dos últimos tempos, o fluxo e os choques ideológicos do Século XX e suas conseqüências, tanto benéficas quanto catastróficas.

"A utopia pela igualdade entre os homens inspirou gerações. O mundo soviético inspirou os sonhadores. Com o fim da II Guerra Mundial, os Estados Unidos são a potência emergente. O american way of life passa a ser o modelo de civilização, quase uma norma. O mundo assiste a um confronto cultural, social, religioso, político e ideológico.

Foi nessa época, há vinte anos, que Silvio Tendler começou a catalogar e organizar as utopias de sua geração. Para Silvio Tendler, utopia é a palavra mais utilizada nesses últimos tempos e é um assunto que sempre o fascinou. 'Eu sempre trabalhei muito na questão das ideologias, na questão da história, e corri atrás desta construção pelo mundo afora. São vinte anos de pesquisa em torno destas questões ideológicas que pautaram minha geração'. A construção, a qual Tendler se refere, é Era das Utopias - nova minissérie da TV Brasil, que estreia em agosto."



DOWNLOAD DO TORRENT EM: 
http://thepiratebay.org/torrent/5604994/Era_das_Utopias_%28minisserie%29

domingo, 20 de junho de 2010

As Raízes Medievais da Europa - Jaques Le Goff






Todo livro de história, mesmo se trata de um período muito distante no passado, tem relação com o presente. Este livro situa-se, antes de tudo, na conjuntura européia atual, e quer ilustrar a idéia de que a Idade Média é a época do aparecimento e da gênese da Europa como realidade e como representação, e que ela constitui o momento decisivo do nascimento, da infância e da juventude da Europa, sem que naqueles séculos se tivesse a idéia ou a vontade de construir uma Europa Unificada. Os esboços da Europa e as estruturas de expectativa do que se tornará a Europa a partir do século XVIII nada têm de um processo linear e não legitimam a idéia de uma entidade inscrita obrigatoriamente na geografia e na história. Hoje a Europa ainda está sendo feita e, até, pensada. O passado propõe mas não impõe, o acaso e o livre-arbítrio humano criam o presente tanto quanto a continuidade. Este ensaio se esforçará por mostrar quais foram os esboços medievais da Europa e o que, mais ou menos, combateu e desfez esses esboços. Também tentará provar que os séculos IV-XV foram essenciais e que, de todas as heranças em ação na Europa de hoje e de amanhã, a herança medieval é a mais importante. Visto com distância histórica, o século XV pode ser considerado, de fato, como o começo de um outro longo período que pode ser chamado de Tempos Modernos, mas trata-se do fim da Idade Média? Ou podem ser avaliadas as relações entre essa Idade Média e a elaboração da Europa? O autor propõe que uma "longa Idade Média" estaria mais perto da realidade histórica.

As Raízes Medievais da Europa
Autor: Jaques Le Goff
Gênero: História Medieval
Formato: PDF

BAIXAR: http://www.easy-share.com/1909646902/As

Pré-socráticos "Os Pensadores"


Pré-socráticos "Os Pensadores"



Fragmentos, Doxografia e Comentários

Pré-socraticos (Coleção Os Pensadores)

Baixar: http://www.easy-share.com/1909641240/Pre-socraticos.pdf  

Heródoto


Heródoto foi um historiador grego, continuador de Hecateu de Mileto, nascido no século V a.C (485 - 420 a.C) em Halicarnasso (hoje Bodrum, na Turquia). Foi o autor da história da invasão persa da Grécia nos princípios do século V a.C, conhecida simplesmente como "As histórias de Heródoto". Esta obra foi reconhecida como uma nova forma de literatura pouco depois de ser publicada.

Heródoto A História
Formato: PDF

BAIXAR: http://www.easy-share.com/1909640720/Historia

Auschwitz - O Testemunho de um Médico (Dr. Miklos Nyiszli)




A premissa de Médico em Auschwitz é uma das mais mórbidas de toda literatura do século XX: um médico criminologista, judeu húngaro, trabalha forçadamente no campo de Auschwitz, sob o comando do próprio Dr. Josef Mengele. Infelizmente, é um livro de não-ficção.

A auto-biografia de Miklos Nyiszli, médico em Auschwitz, possuí descrições vivas dos acontecimentos no campo. Sob a ótica do meticuloso Dr. Nyiszli, nada escapa. Descreve vivamente a rotina de Sonderkommando (prisioneiro especial: tratado melhor que os outros, trabalhava diretamente nas câmaras de gás e era executado depois de dois ou três meses).

O livro de Nyiszli revelou ao mundo muito da crueldade dos campos, da natureza dos nazistas: Nyiszli pinta oficiais cruéis, mas ainda humanos - mesmo o Dr. Mengele, ocasionalmente, parece um ser humano.



 BaixAR: http://w14.easy-share.com/1700941289.html

A Importância do Ato de Ler

 


Descrição: O livro “A Importância do Ato de Ler” de Paulo Freire, relata os aspectos da biblioteca popular e a relação com a alfabetização de adultos desenvolvida na República Democrática de São Tomé e Príncipe.

Ao mesmo tempo, nos esclarece que a leitura da palavra é precedida da leitura do mundo e também enfatiza a importância crítica da leitura na alfabetização, colocando o papel do educador dentro de uma educação, onde o seu fazer deve ser vivenciado, dentro de uma prática concreta de libertação e construção da história, inserindo o alfabetizando num processo criador, de que ele é também um sujeito. Um ótimo livro de pedagogia.

Autor: Paulo Freire
Tamanho: 322 Kb

Easy-share: http://www.easy-share.com/1904206674/paulo+freire+-+a+importancia+do+ato+de+ler.rar

 

O MITO EM QUADRINHOS

 
.

Ela retrata a vida e a luta de Guevara. Da infância na Argentina à captura e execução em La Higuera, na Bolívia, os eventos que levaram Che Guevara a se transformar no símbolo que é hoje são recontados nos quadrinhos de Kim Yong-Hwe, um dos grandes talentos coreanos da HQ.

O mais legal dessa adaptação é o fato do autor criá-la como se fosse um livro didático, para crianças mesmo, mas sem ser bobo ou infantil. Entre um capítulo e outro da história, ele se dá ao trabalho de fazer um pequeno resumo dos eventos, contextualizar as situações dentro da História e tecer pequenos comentários sobre alguns termos usados no texto, como "imperialismo", por exemplo.

Interessante também o paralelo que Yong-Hwe traça entre Guevara e o personagem Neo, da trilogia "Matrix". Afinal, ambos eram considerados "terroristas" (sic) pelas autoridades e pela mídia corporativa, mesmo lutando pela liberdade e pela igualdade entre as pessoas. Já vi profissionais da opinião dizendo que essa comparação é absurda, mas absurdo mesmo é que mais gente não a tenha feito antes (para vocês verem como tem gente que ainda não entendeu nada do que "Matrix" é feito). Veja abaixo reproduções das páginas que mostram o Neo-Che (clique nas figuras para vê-las em tamanho maior).



A leitura é leve e chega a emocionar em alguns momentos - como quando "Che" encontra uma menina morta depois do ataque de um bombardeiro a um bairro pobre na Guatemala ou quando a população carente de Cuba ajuda os guerrilheiros dando seus alimentos a eles.

Os desenhos são feitos no estilo dos mangas orientais, mas isso não chega a incomodar, pois o autor ao menos tenta adaptá-los à feição de cada personagem.

Obviamente, a turma da direita e seus papagaios de pirata vão malhar a obra dizendo que é pura e simples mitificação de um "baderneiro profissional", enquanto outros vão afirmar que eles não fizeram nada de bom, apenas retiraram um ditador (Fulgêncio Batista) para colocar outro no lugar (Fidel Castro).

Entretanto, para quem tem um mínimo de conhecimento de História (especialmente a cubana) e costuma buscar informações além do que é mostrado (e omitido) pela parcial mídia corporativa, este "Che" é uma pequena jóia que presta uma bonita homenagem a esse ser humano exemplar, o qual continua influenciando corações e mentes mesmo 40 anos depois de seu assassinato na Bolívia, pelas mãos de mercenários financiados pela CIA.

Um trabalho que vale a pena conhecer e disseminar, principalmente entre os mais jovens.


BAIXAR: http://www.megaupload.com/?d=2O1JR1G0

Elogio da Loucura - Erasmo de Rotterdam


O “Elogio da Loucura”, é um ensaio escrito em 1509, e publicado em 1511. O Elogio da Loucura é considerado um dos mais influentes livros da civilização ocidental e um dos catalisadores da Reforma Protestante. O livro começa com um aspecto satírico para depois tomar um aspecto mais sombrio, em uma série de orações, já que a loucura aprecia a auto-depreciação, e passa então a uma apreciação satírica dos abusos supersticiosos da doutrina Católica e das práticas corruptas da Igreja Católica Romana. O ensaio termina com um testamento claro e por vezes emocionante dos ideais cristãos.
Autor: Erasmo de Rotterdam
Tamanho: 337 Kb
Formato: Pdf
Disponivel em: http://www.4shared.com/file/256903680/28cdbb54/Erasmo_de_Rotterdan_-_Elogio_d.html 

sexta-feira, 2 de abril de 2010

NAS TEIAS DA HISTÓRIA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS



I SEMANA DE HISTÓRIA DO DEDC / UNEB – CAMPUS II

NAS TEIAS DA HISTÓRIA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS

ALAGOINHAS, 12 A 16 DE ABRIL DE 2010



APRESENTAÇÃO


A Iª Semana de História do Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia (DEDC/UNEB) - Campus II (Alagoinhas) ocorrerá no período de 12 a 16 de abril de 2010. Trata-se de um evento de natureza acadêmica que tem como público alvo os estudantes de graduação e pós-graduação em História e os profissionais da área, especialmente os que atuam na educação básica pública e privada. O conclave tem por objetivos possibilitar a interlocução e as trocas acadêmicas entre os estudantes e profissionais de nossa universidade com os de outras instituições de ensino superior do país. Espera-se, ainda, estreitar os contatos e a integração entre os estudantes de graduação e pós-graduação em História das várias unidades da UNEB e entre estes e os das outras universidades localizadas na Bahia. O encontro discutirá as questões relacionadas ao ofício de historiador (tema da conferência de abertura) e tratará, através de mesas-redondas, de linhas de pesquisa já desenvolvidas pelos docentes e discentes do curso de História do DEDC/UNEB II, tais como História Política, História da Saúde e da Doença, História e Etnia, História e Gênero, História e Literatura e História do Trabalho. Além disso, a Semana de História se constitui num momento importante para que os estudantes bolsistas de Iniciação Científica (IC) e os que estão redigindo seus Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) possam apresentar e debater os primeiros resultados de seus estudos.

 Progamação no site: http://www.educacaocampus2.uneb.br/isemanadehistoria/

sábado, 13 de março de 2010

E Canudos era a Vendéia

E Canudos era a Vendéia


Raimundo Nonato Pereira Moreira


Formato 16X23cm, 392 páginas


ISBN 978-85-391-0029-3

Editora Annablume

E Canudos era a Vendéia... discute os influxos do imaginário da Revolução Francesa no processo de construção da narrativa de Os Sertões. Este livro apresenta cinco momentos principais. Inicialmente, abordam-se aspectos considerados relevantes acerca da vida e da obra de Euclides da Cunha. Em seguida, analisa-se a presença da Revolução Francesa na obra euclidiana, argumentando-se que esse processo se constituiu no conjunto de acontecimentos históricos mais relevante no quadro das referências teóricas do escritor. No terceiro seguimento, discute-se a construção da narrativa euclidiana da Guerra de Canudos, mediante uma hipótese que postula a existência de três momentos desse processo, ou seja: antes do contato de Euclides com o conflito; durante a presença do correspondente na Bahia; e após o desfecho do conflito, materializado nas páginas do livro vingador. No último capítulo, problematiza-se a ontologia discursiva de Os Sertões, recorrendo-se às categorias de historicidade, ficcionalidade e literariedade, presentes na composição da narrativa euclidiana, destacando-se, ainda, as contribuições do romance Quatrevingt-treize, deVictor Hugo, para o consórcio da ciência e da arte intentado por Euclides. Finalmente, reitera-se que a análise da construção da obra evidenciou um processo complexo, no qual o escritor caboclo se valeu tanto de relatos históricos quanto de narrações imaginárias, para comunicar aos futuros historiadores o seu juízo sobre a Guerra de Canudos.